Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira, 2 de junho, uma audiência pública vai marcar o Dia Internacional das Prostitutas em Pernambuco. O encontro está previsto para às 10h, no Auditório Senador Ênio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), no centro do Recife.

Com o tema “Desafios e perspectivas da profissão”, a atividade busca ser um espaço de escuta e diálogo sobre as vivências, direitos e reivindicações das profissionais do sexo. A data, que é símbolo internacional de luta e resistência, surge como oportunidade para pautar as violações e o estigma enfrentados por quem vive da prostituição.

A audiência acontece a partir de uma articulação entre o mandato do deputado estadual João Paulo (PT) e a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da ALEPE. O evento também reflete a trajetória de luta da Associação das Profissionais do Sexo de Pernambuco (APPS), que há mais de duas décadas atua pela defesa da dignidade e dos direitos dessas trabalhadoras.

Foto: Reprodução

Em Pernambuco e em várias partes do país, profissionais do sexo seguem enfrentando preconceito, violência e a falta de políticas públicas específicas. Apesar disso, seguem organizadas e mobilizadas. No Brasil, existem hoje três redes de prostitutas, cinco coletivos, além da Academia Brasileira de Prostitutas (ABP), uma grife própria com produtos e órios, e até um jornal especializado no tema — ferramentas que reforçam a identidade, a resistência e a comunicação do movimento.

O Dia Internacional das Prostitutas remete a 2 de junho de 1975, quando mais de 100 mulheres ocuparam uma igreja em Lyon, na França, para protestar contra a violência policial e as péssimas condições de trabalho. Desde então, a data é lembrada como um marco global na luta por respeito e direitos.

A audiência em Recife promete reunir profissionais do sexo, ativistas, pesquisadores e representantes do poder público. A expectativa é de que o espaço contribua para ampliar a visibilidade das demandas da categoria e fortalecer o debate sobre políticas que garantam dignidade e segurança para quem vive do trabalho sexual.